Nenhuma organização pode funcionar sem certo grau de comprometimento por parte de seus membros. O comprometimento está de certa forma relacionado à fatores motivacionais no ambiente organizacional. Stoner e Freeman (1999, p. 6) afirmam que “motivação são os fatores que provocam, canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo”. A motivação no trabalho manifesta-se pela orientação do empregado para realizar com presteza e precisão as tarefas e persistir na sua execução até atingir o resultado previsto ou esperado (TAMAYO; PASCHOAL, 2003). Na classificação abaixo, pode-se observar a estrutura motivacional do indivíduo, que conforme Tamayo e Paschoal (2003) é composta por conjuntos motivacionais, que parecem estar presentes em indivíduos das mais diversas culturas.
1) Autodeterminação: Ter autonomia, decidir por si mesmo e/ou participar nas decisões, controlar a organização e execução do seu trabalho.
2) Estimulação: Ter desafios na vida e no trabalho, explorar, inovar, ter emoções fortes na vida e no trabalho, adquirir conhecimentos novos.
3) Hedonismo: Procurar prazer e evitar a dor e o sofrimento, ter satisfação e bem-estar no trabalho.
4) Realização: Ter sucesso pessoal, mostrar a sua competência, ser influente, se realizar como pessoa e como profissional.
5) Poder: Ter prestígio, procurar status social, ter controle e domínio sobre pessoas e informações.
6) Segurança: Integridade pessoal e das pessoas íntimas, segurança no trabalho, harmonia e estabilidade da sociedade e organização em que trabalha.
7) Conformidade: Controlar impulsos, tendências e comportamentos nocivos para os outros e que transgridem normas e expectativas da sociedade e da organização.
8) Tradição: Respeitar e aceitar ideias e costumes tradicionais da sociedade e da empresa.
9) Benevolência: Procurar o bem-estar da família e das pessoas do grupo de referência.
10) Universalismo: Compreensão, tolerância, procura do bem-estar de todos na sociedade e na organização onde trabalha, proteção da natureza.
10) Universalismo: Compreensão, tolerância, procura do bem-estar de todos na sociedade e na organização onde trabalha, proteção da natureza.
Bergamini (1997) aponta que cada pessoa tem suas próprias orientações motivacionais. O sentido que cada um atribui àquilo que faz e lhe da satisfação é próprio apenas daquela pessoa, isto fornece sentido a maneira pela qual cada um se sente motivado. Deve-se levar em consideração a existência das diferenças individuais e culturais quando se fala em motivação. Estes fatores podem afetar o entendimento de uma necessidade assim como a maneira particular que as pessoas agem na busca de seus objetivos. Estar motivado não deve ser confundido com situações que as pessoas têm momentos de alegria, bem-estar ou entusiasmo. Estes estados podem ter sido provocados durante o processo motivacional, mas não explicam como se chegou até eles nem como eles apareceram. A motivação é muito mais ampla do que os comportamentos, tudo deve ser considerado sob o ponto de vista do indivíduo que a vivencia e não somente por quem observa (BERGAMINI, 1998). Obter resultados em uma organização é um desafio devido às diferenças individuais, por isso faz-se necessário que haja uma interação entre os membros da equipe e a existência de um líder eficaz que saiba conduzi-los em busca de objetivos e mantendo-os motivados. Uma equipe que tenha interação positiva entre os membros, motivação e busca integrada do atingimento de metas, terá uma maior probabilidade de ser eficaz, alcançando objetivos almejados.Descrito aspectos teóricos e conceituais relacionados a equipes de trabalho, seu comportamento na organização e aspectos motivacionais, segue os procedimentos metodológicos do estudo.